Fios de sustentação viraram uma escolha popular pra quem quer melhorar o contorno do rosto sem recorrer à cirurgia. Só que, olha, nem sempre o resultado é o que a gente espera.
Muitos problemas acontecem por conta de material errado, aplicação ruim ou falta de experiência do profissional. Isso pode acabar em infecções, dor que não passa e até deixar a pele toda irregular.

Os fios também podem provocar fibrose, uma espécie de cicatriz ao redor do fio. Isso muda o aspecto natural da pele e pode complicar futuras cirurgias.
Quem tem pele fina ou doenças autoimunes corre um risco ainda maior de ter complicações.
As complicações podem aparecer logo depois da aplicação ou só meses mais tarde. Cada situação pede um cuidado diferente, então não dá pra generalizar.
Fios de Sustentação: O Que São e Como Funcionam
Fios de sustentação são suturas bem fininhas que vão sob a pele pra dar aquela levantada no rosto. Eles servem como suporte e também ajudam o corpo a produzir colágeno.
O tipo de fio, o material e como o corpo reage ao procedimento vão definir se o resultado vai ser bom ou não.
Tipos de Fios Utilizados
Tem vários tipos de fios usados em estética. Os mais comuns são os de polidioxanona (PDO), ácido poli-L-lático (PLLA) e policaprolactona.
Os fios de PDO são absorvíveis e estimulam o colágeno por uns 6 a 8 meses. Eles podem ser lisos ou espiculados, que têm umas “garrinhas” pra segurar melhor.
Fios de PLLA duram até 12 meses e também são absorvidos, deixando a pele mais firme. Os de policaprolactona são flexíveis, duram até 18 meses e costumam ser mais confortáveis.
Já os fios permanentes, geralmente de polipropileno, não são absorvidos. Eles ficam lá como suporte fixo, mas trazem mais riscos a longo prazo.
Papel do Colágeno no Resultado
Colágeno é aquela proteína essencial pra firmeza e elasticidade da pele. Os fios de sustentação dão um empurrãozinho pra pele produzir mais colágeno natural, ajudando a reestruturar áreas flácidas.
Quando o fio é absorvível, a sustentação mecânica inicial é reforçada pelo colágeno que se forma em volta dele. Isso mantém a pele firme mesmo depois que o fio some.
Só que, claro, a resposta ao colágeno depende muito da saúde da pele de cada um. Não dá pra garantir o mesmo resultado pra todo mundo.
Diferença entre Fios Absorvíveis e Permanentes
Fios absorvíveis, tipo PDO e PLLA, são degradados pelo corpo em alguns meses. Eles dão um efeito lifting temporário e têm menos risco de complicação.
Os fios permanentes ficam no tecido, sustentando por mais tempo. Mas aí aumentam as chances de rejeição, inflamação e deslocamento.
Pra usar fios permanentes, o médico tem que avaliar bem o caso e pesar os riscos.
Tipo de Fio | Material | Duração Aproximada | Principal Uso | Risco |
---|---|---|---|---|
PDO | Polidioxanona | 6 a 8 meses | Estímulo de colágeno, lifting | Baixo |
PLLA | Ácido poli-L-lático | Até 12 meses | Rejuvenescimento e firmeza | Baixo a médio |
Policaprolactona | Policaprolactona | Até 18 meses | Suavidade e conforto | Baixo |
Polipropileno | Polipropileno | Permanente | Sustentação fixa | Maior, possível rejeição |
Principais Problemas em Fios de Sustentação que Deram Errado
Os fios de sustentação podem causar complicações que vão além da aparência. Tem gente que sente dor, nota cicatrizes, inchaço que não passa, assimetria facial e inflamações.
Fibrose e Formação de Cicatrizes
A fibrose é o corpo produzindo tecido cicatricial demais ao redor do fio. Isso deixa a pele dura, irregular e tira aquele aspecto natural do rosto.
Além de feio, pode doer e incomodar bastante. Se piorar, às vezes só removendo os fios mesmo.
A fibrose pode dificultar a movimentação da pele e deixar o resultado bem artificial.
Hematomas e Inchaço Prolongado
Hematomas depois do procedimento são comuns, mas deviam sumir em alguns dias. Se ficam muito tempo, pode ser sinal de trauma maior ou erro na técnica.
O inchaço forte complica a recuperação e até esconde o efeito do lifting. Movimentos bruscos ou pegar sol logo depois só pioram.
Se os hematomas e o inchaço não melhorarem, o melhor é procurar um especialista.
Assimetrias e Irregularidades Faciais
Assimetria facial rola quando os fios são mal colocados ou o corpo reage de um jeito inesperado. Isso pode deixar a sobrancelha caída ou a mandíbula desalinhada, dando aquele ar envelhecido.
Nódulos e ondulações aparecem quando o fio fica superficial ou sai do lugar. Em quem tem a pele fina, esses defeitos ficam ainda mais visíveis.
Infecções e Reações Inflamatórias
Infecção acontece quando falta esterilização ou o corpo rejeita o material. Sinais? Vermelhidão, dor, pus, febre—nada agradável.
Em casos mais sérios, pode ser preciso tirar os fios e entrar com antibiótico. Às vezes nem é infecção, mas só uma reação inflamatória, que deixa a área quente, inchada e sensível.
Só um médico pode dizer o que fazer nessas horas.
Causas e Fatores de Risco para Complicações
A coisa complica quando o material é mal escolhido, a aplicação falha, o profissional não tem experiência ou mistura o fio com outros tratamentos sem planejamento. Tudo isso aumenta o risco de problemas, que vão de efeitos estéticos ruins até infecções e danos nos tecidos.
Escolha Inadequada do Tipo de Fio
Escolher o fio certo é metade do caminho. Os absorvíveis, tipo PDO, dão um efeito mais natural e têm menos risco de rejeição, mas duram pouco.
Fios permanentes duram mais, só que aumentam a chance de fibrose, rejeição e nódulos. Usar o fio errado pra cada tipo de pele ou área pode dar ruim.
Material de baixa qualidade ou incompatível com a pele só piora. Por isso, é essencial que um cirurgião plástico experiente faça essa escolha.
Técnicas de Aplicação Incorretas
A aplicação exige mão firme e técnica. Se o fio ficar muito superficial ou muito fundo, pode rolar ondulação, hematoma e até machucar vasos ou nervos.
Colocar os fios com tensão errada distorce o rosto, cria assimetrias e causa desconforto. Ambiente mal higienizado só aumenta o risco de infecção.
Quem não entende de anatomia facial ou não segue protocolo pode acabar comprometendo tudo.
Experiência do Profissional
Profissional inexperiente é dor de cabeça na certa. Cirurgiões plásticos bem treinados sabem como planejar o procedimento e avaliar cada caso.
Quem não tem formação ou não conhece a anatomia facial pode errar no ponto de inserção ou no tipo de fio. Isso resulta em nódulos, fibrose, queda dos tecidos ou deformações.
Escolher um especialista certificado faz toda a diferença.
Mistura com Outros Procedimentos
Misturar fios de sustentação com outros tratamentos (preenchimento, laser, cirurgia) sem planejamento aumenta o risco de complicação.
Procedimentos feitos juntos podem agravar a inflamação e dificultar a cicatrização. Isso prejudica a fixação dos fios e pode causar fibrose.
O ideal é planejar bem os intervalos entre um tratamento e outro. Profissionais experientes sabem quando e como combinar técnicas pra evitar problemas.
Cuidados e Soluções para Problemas Pós-Procedimento
Depois do procedimento com fios de sustentação, os cuidados precisam ser levados a sério. Reconhecer sinais de problema cedo pode evitar que a situação piore.
Buscar ajuda profissional no tempo certo é o que realmente faz diferença pra corrigir falhas e reverter efeitos indesejados.
Cuidados Pós-Procedimento Essenciais
Nos primeiros dias, é bom evitar movimentos bruscos e expressões faciais exageradas para não deslocar os fios. Compressas frias costumam ajudar a diminuir o inchaço e os hematomas.
A pele precisa de hidratação, mas só com produtos recomendados pelo cirurgião plástico—nada de testar cremes aleatórios. Isso reduz o risco de irritações.
Ficar longe do sol por pelo menos duas semanas é importante, já que o calor pode piorar a inflamação. Não massageie ou pressione a área tratada, por mais tentador que seja.
Seguir as orientações médicas, principalmente sobre o uso de anti-inflamatórios ou antibióticos, faz diferença na prevenção de infecções.
Identificação de Sinais de Alerta
Saber reconhecer sinais de complicação é essencial. Vermelhidão intensa e calor persistente podem indicar infecção.
Se a dor não diminuir após 10 a 14 dias, ou se aparecer pus, nódulos palpáveis ou hematomas que insistem em ficar, é hora de ligar o alerta. Inchaço que não cede, assimetrias evidentes ou sensação de peso no rosto também merecem atenção.
Se notar qualquer alteração fora do padrão, não hesite em procurar ajuda. Melhor prevenir do que remediar, certo?
Quando Procurar um Cirurgião Plástico
Procure um cirurgião plástico imediatamente caso surjam sinais de infecção, dor forte ou deformidades visíveis. Só o profissional pode avaliar e indicar o tratamento adequado.
Em situações mais complicadas, pode ser necessário remover os fios para controlar a inflamação ou infecção. Cirurgiões experientes sabem quando é preciso intervir de forma mais intensa ou optar por procedimentos menos invasivos para recuperar a harmonia do rosto.
Correções e Opções de Reversão
Se o resultado não saiu como você queria, há algumas alternativas para tentar corrigir.
Cirurgias como o face lift podem ser recomendadas quando há deformações mais sérias.
Em situações menos graves, dá pra remover os fios problemáticos e depois colocar novos fios absorvíveis. Isso costuma ajudar a corrigir irregularidades.
Preenchimentos dérmicos também entram em cena quando é preciso nivelar áreas com depressões ou nódulos.
O médico vai analisar o histórico do paciente para evitar que novas intervenções tragam outros problemas. Afinal, cada caso acaba sendo único e precisa de uma estratégia própria.
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