Eritrócitos altos, ou eritrocitose, acontecem quando o corpo tem mais glóbulos vermelhos do que deveria. Essas células transportam oxigênio, mas em excesso deixam o sangue mais grosso, o que atrapalha a circulação.

Ter eritrócitos altos pode sinalizar algo simples, como desidratação, ou doenças mais sérias, tipo policitemia vera, um câncer raro do sangue. Por isso, é bom entender as causas e o que pode acontecer quando esses números sobem.
Fatores como tabagismo e problemas respiratórios também podem aumentar as hemácias. O diagnóstico costuma ser feito por exames de sangue que mostram a quantidade dessas células e ajudam a descobrir se algo precisa de tratamento.
O Que Significa Eritrócitos Alto
Quando os eritrócitos estão altos, significa que há uma quantidade acima do normal de glóbulos vermelhos circulando. Isso pode mexer com a circulação e até com o transporte de oxigênio.
Entender o papel dessas células, quais valores são considerados elevados e as diferenças entre eritrocitose e policitemia ajuda a identificar o motivo e o tratamento.
Função dos eritrócitos no organismo
Os eritrócitos, ou hemácias, levam oxigênio dos pulmões para os tecidos. Eles têm hemoglobina, que se liga ao oxigênio.
Essas células também ajudam a remover dióxido de carbono, um resíduo do metabolismo. Ter a quantidade certa mantém o corpo bem oxigenado.
Quando os eritrócitos estão baixos, é anemia. Se estão altos, pode ser sinal de produção exagerada ou concentração dessas células.
Valores de referência dos exames de sangue
No hemograma, a quantidade de eritrócitos aparece em milhões por microlitro (milhão/µL).
Os valores considerados normais são:
- Homens: até 5,5 milhões/µL
- Mulheres: até 4,8 milhões/µL
Além disso, o exame mostra:
- Hemoglobina: quanto de proteína de transporte de oxigênio tem ali
- Hematócrito: quanto do seu sangue é só glóbulo vermelho
Acima desses números, já se fala em eritrócitos altos. Mas é preciso olhar outros dados e o contexto da pessoa.
Diferença entre eritrocitose e policitemia
Eritrocitose é o nome geral para o aumento dos eritrócitos, seja temporário ou não. Pode vir de desidratação, tabagismo, doenças cardíacas e outras causas.
Policitemia é um tipo específico, geralmente causado por produção descontrolada na medula óssea. Policitemia vera, por exemplo, é um câncer raro que também aumenta glóbulos brancos e plaquetas.
Enquanto a eritrocitose pode ser só uma resposta do corpo, a policitemia costuma ser crônica e pede tratamento especializado.
Principais Causas de Eritrócitos Alto
Os eritrócitos podem subir por diferentes motivos, que envolvem desde hábitos até condições médicas. Alguns fatores aumentam a produção dessas células, outros diminuem o volume de plasma, concentrando o sangue.
Policitemia vera e alterações na medula óssea
Na policitemia vera, a medula óssea produz glóbulos vermelhos, brancos e plaquetas demais. Isso deixa o sangue mais espesso e pode causar sintomas como cansaço, tontura e sangramentos.
É um tipo de câncer que afeta a produção das células do sangue. O risco de trombose aumenta bastante.
Outras doenças da medula óssea, como leucemia mieloide crônica, também podem subir os eritrócitos. O tratamento é com hematologista e pode incluir flebotomias, remédios ou até transplante de medula.
Desidratação e fatores transitórios
Quando o corpo perde líquido, o volume de plasma cai e os eritrócitos ficam mais concentrados. Isso eleva o número no exame.
Não significa que o corpo está produzindo mais células, mas sim que está faltando água. Beber líquidos geralmente resolve.
Às vezes, pode ser preciso soro na veia para repor rápido. É importante saber diferenciar essa causa das outras, que são mais sérias.
Doenças pulmonares e cardíacas
Doenças que dificultam o transporte de oxigênio, como DPOC, apneia do sono e insuficiência cardíaca, podem aumentar os eritrócitos.
O corpo tenta compensar a falta de oxigênio produzindo mais células vermelhas. Assim, tenta garantir que os tecidos recebam o que precisam.
O tratamento depende da doença de base, podendo incluir CPAP, remédios para DPOC ou controle da insuficiência cardíaca.
Tabagismo, exposição a monóxido de carbono e uso de medicamentos
Fumar coloca monóxido de carbono no corpo, que se liga às hemácias e atrapalha o transporte de oxigênio.
O corpo reage produzindo mais eritrócitos, tentando compensar. Parar de fumar é essencial para reverter o problema.
Alguns remédios, como esteroides e diuréticos, também podem mexer nos níveis dessas células. Acompanhamento médico é importante para ajustar o tratamento se necessário.
Sintomas Associados a Eritrócitos Altos
O aumento dos eritrócitos pode trazer sintomas porque o sangue muda de qualidade e quantidade. Isso afeta a circulação, o transporte de oxigênio e o funcionamento geral do corpo.
Fadiga, palidez e dificuldade para respirar
Pessoas com eritrócitos altos costumam sentir fadiga. O sangue mais grosso dificulta a entrega de oxigênio, mesmo com mais glóbulos vermelhos.
A palidez surge porque a circulação não é tão eficiente, mudando a cor da pele. Falta de ar aparece porque o corpo tenta compensar a baixa oxigenação, principalmente ao fazer esforço.
Esses sinais mostram que o sistema circulatório está sobrecarregado. É bom procurar avaliação médica.
Tonturas, dor de cabeça e problemas de visão
Tonturas podem aparecer porque o sangue mais denso dificulta o fluxo para o cérebro. Isso pode deixar a pessoa meio aérea ou com sensação de desmaio.
A dor de cabeça é comum e pode variar bastante. Muitas vezes, está ligada à pressão alta ou ao esforço extra do coração.
Alterações na visão, como visão turva, acontecem porque os vasos dos olhos também sofrem com o sangue mais espesso.
Consequências para o sistema cardiovascular
O sangue grosso aumenta o risco de coágulos. Isso pode causar trombose, infarto ou AVC.
O coração precisa trabalhar mais para bombear esse sangue, o que pode elevar a pressão. Com o tempo, isso prejudica o órgão e aumenta o risco de problemas cardíacos.
Diagnóstico e Tratamento de Eritrócitos Alto
O diagnóstico envolve exames para medir os eritrócitos e descobrir por que eles subiram. O acompanhamento médico é indispensável para evitar complicações.
O tratamento pode variar bastante, desde mudanças simples até procedimentos médicos.
Exames laboratoriais e acompanhamento médico
O hemograma completo é o principal exame para ver os níveis de eritrócitos, hemoglobina e hematócrito. Às vezes, é preciso medir a eritropoietina (EPO), que regula a produção dessas células.
Dependendo do caso, podem ser pedidos exames da medula óssea ou testes genéticos, para diferenciar causas como policitemia vera de outros problemas.
Depois do diagnóstico, o médico acompanha os exames com frequência. Isso ajuda a ver como o corpo responde ao tratamento e a evitar trombose ou pressão alta.
Quando procurar um hematologista ou clínico
Se os exames mostram níveis altos de eritrócitos sem um motivo claro, vale a pena marcar uma consulta com um hematologista. Esse especialista pode investigar doenças do sangue, como a policitemia vera, e pedir exames mais detalhados.
Agora, se você sente sintomas mais pesados—tipo dores de cabeça fortes, tontura ou até sinais de problemas no coração—não hesite em procurar atendimento clínico imediato. O clínico geral faz uma avaliação inicial e, se achar necessário, encaminha para um especialista.
Pessoas com fatores de risco, como quem fuma, tem doenças pulmonares ou vive em lugares de altitude elevada, também deveriam considerar conversar com um médico. Essas situações podem aumentar os eritrócitos e merecem atenção.
Opções de tratamento e prevenção
O tratamento vai depender da causa do aumento dos eritrócitos. Em situações chamadas de primárias, a flebotomia costuma ser usada para retirar parte do sangue, ajudando a reduzir o número de glóbulos vermelhos.
Às vezes, medicamentos como a hidroxiureia entram em cena para controlar a produção dessas células. A aspirina também pode ser recomendada para diminuir o risco de coágulos sanguíneos.
Quando a eritrocitose é secundária, o foco é tratar a doença de base, como questões pulmonares. Em alguns casos, oxigenoterapia pode ser sugerida.
Parar de fumar faz diferença, assim como manter-se bem hidratado. São passos simples, mas que ajudam bastante.
Mudanças no estilo de vida? Elas não são fáceis, mas contam muito. O acompanhamento médico frequente também costuma ser necessário.
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